Conheça a principal ferramenta para negociação de ativos na bolsa de valores.
Qualquer investidor de bolsa de valores certamente já ouviu falar no Home Broker. A ferramenta online trouxe praticidade e mais autonomia em praticamente todas as negociações na bolsa de valores.
Contudo, mesmo sendo presença quase unânime no mercado, muitas pessoas ainda não entendem como ele funciona. Quem opera no mercado cripto, por exemplo, raramente entra em contato com o Home Broker tradicional. Por isso, conheça agora o que é e como funciona esta importante ferramenta.
Dos telefones ao meio digital
O termo home broker vem do inglês e significa, literalmente, “corretora de casa.” Ou seja, o sistema permite ao investidor negociar ativos financeiros — função antigamente exercida pelas corretoras — na Internet, dentro de sua própria casa.
O Home Broker chegou ao Brasil em 1999, mas só foi adotado integralmente pela então Bovespa (atual B3) em 2006. Antes disso, as negociações eram realizadas por telefone: o investidor ligava para a corretora e informava qual ativo e qual quantidade desejava comprar ou vender. Feito isso, a corretora realizava a operação junto à bolsa.
Esse sistema era conhecido como “pregão viva voz” ou “mesa de operações” e ficou marcado pelas cenas de operadores gritando ordens na bolsa. O modelo, porém, era pouco prático e fazia as ordens demorarem para ser executadas. O pregão eletrônico via Home Broker reduziu essa demora, além de ter eliminado os intermediários.
Hoje, o Home Broker é onipresente a ponto de praticamente todas as corretoras disponibilizarem a ferramenta. O modelo de mesa de operações ainda existe, mas raramente é utilizado, exceto para clientes que operam valores muito altos ou não se sentem seguros para operar por conta própria.
Como utilizar e quem pode utilizar o Home Broker
O Home Broker é um sistema que possui conexão com a corretora e, simultaneamente, com os sistemas da B3. Portanto, o investidor precisa ter uma conta em uma corretora para acessar a ferramenta. Feito o cadastro, o investidor consegue operar e criar suas ordens de compra ou venda. Essas ordens são transmitidas pelo investidor via Home Broker e executadas pela corretora na qual ele possui conta.
Através do Home Broker, é possível operar praticamente todos os ativos existentes na bolsa. Isso vale desde ações, ETFs e fundos imobiliários até contratos futuros, opções e contratos de índices. Além disso, muitas corretoras costumam oferecer ferramentas adicionais no Home Broker, como análises de ativos e notícias sobre o mercado.
Segundo dados da B3, hoje existem cerca de 4 milhões de investidores operando na bolsa. Isto é, cerca de 2% da população brasileira possui acesso ao Home Broker. Sim, qualquer investidor brasileiro que tenha conta em uma corretora, com qualquer valor investido, pode utilizar a ferramenta.
Custos e facilidades do Home Broker
De maneira geral, as corretoras não cobram pelo uso da ferramenta em si. O que existe é a taxa de corretagem, a qual é paga sobre o valor negociado. Isto é, se o investidor não comprar ativos na bolsa via sua corretora, ele não precisará pagar pelo Home Broker.
Na verdade, o Home Broker é a ferramenta ideal para o pequeno investidor, pois traz mais agilidade e autonomia nas negociações. Além disso, o Home Broker pode ser utilizado tanto no computador quanto em dispositivos móveis (tablets e smartphones). Isso significa mais mobilidade de uso, permitindo ao investidor negociar a qualquer hora, de qualquer lugar.
Embora os serviços extras variem de acordo com as corretoras, o Home Broker costuma oferecer algumas funcionalidades em comum. Por exemplo: mostrar as cotações em tempo real das ações e outros ativos, bem como a variação dos preços. Ele também permite verificar o status da ordem (aprovada, pendente ou rejeitada) e também modificar informações como quantidade negociada e preço.
Como escolher o melhor Home Broker?
Em primeiro lugar, escolher o “melhor” Home Broker é algo subjetivo. Cada investidor possui suas necessidades e, portanto, exigirá funções diferentes da ferramenta.
Um investidor que apenas compra ações com foco no longo prazo demandará o básico do Home Broker. Logo, funções como análise técnica e gráficos elaborados não serão tão relevantes. Em contrapartida, traders profissionais poderão exigir gráficos mais sofisticados. Neste caso, o Home Broker pode até sair mais caro, pois tais ferramentas são mais complexas.
Por fim, existem corretoras que oferecem pacotes de ordens a um preço fixo dentro do Home Broker. Neste caso, o investidor deve comparar os preços e verificar se esses pacotes valem a pena. Caso contrário, uma corretora com taxas de corretagem gratuitas pode ser uma boa alternativa.
Diferença entre Home Broker e livro de ofertas de exchanges
De certa forma, os livros de ofertas nas exchanges de criptomoedas possuem semelhanças com o Home Broker. No entanto, os livros de ofertas são mais limitados, visto que as exchanges costumam negociar apenas compra e venda de criptomoedas.
Nas exchanges, os livros de ofertas mostram a criptomoeda negociada, o tipo de operação (compra e venda), a quantidade e o valor de compra ou venda. Nesse sentido, elas possuem uma grande semelhança com o Home Broker. Ao mesmo tempo, a negociação, tanto no livro quanto no Home Broker, é ágil e sem custos — exceto a já citada corretagem. Em ambos os casos, as ferramentas surgem para agilizar as negociações, dar mais segurança e permitir que os investidores tenham mais autonomia para operar.