A prevenção ainda é a melhor alternativa; ainda assim, donos devem estar atentos aos sintomas
Cuidar da saúde do seu pet vai além de manter as vacinas em dia e oferecer um bom alimento. Também é importante se atentar à aplicação de produtos antipulgas e carrapatos, em forma de spray, pipeta ou comprimido palatável.
Até porque algumas enfermidades são transmitidas por parasitas, como é o caso da Doença de Lyme, também chamada de Doença do Carrapato. Neste artigo você poderá conhecer mais sobre ela e entender como pode ser prejudicial ao seu companheiro de quatro patas. Confira:
Como ocorre a transmissão
A bactéria Borrelia burgdorferi é a responsável pela Doença de Lyme e a transmissão é um ciclo. Tudo começa com um carrapato saudável que pica uma pessoa ou animal contaminado com a bactéria. Este passa a ser um hospedeiro e, ao picar um cão saudável, transmite a doença.
O ciclo então se repete e por isso é preciso estar sempre cuidando da saúde do seu pet, para que ele não pegue carrapatos e, consequentemente, seja contaminado com a bactéria.
Quais são os sintomas
Nos cães, os sintomas da Doença de Lyme incluem:
- Inflamação articular;
- Caminhar enrijecido;
- Febre;
- Vômitos;
- Prostração;
- Inchaço dos linfonodos;
- Perda de apetite.
Também podem acontecer lesões renais, percebidas por meio de outros sintomas, como o emagrecimento sem motivo, a desidratação, a sede excessiva e a urina também em excesso.
Como são sinais comuns de outras doenças, nem sempre é simples identificar a causa como sendo a Doença do carrapato. Em média, os primeiros sintomas aparecem de dois a cinco meses após a contaminação.
As dores articulares são bastante expressivas, a ponto de o cão ter dificuldade para caminhar ou subir em camas e sofás. Ainda assim, no começo da doença, o sintoma pode passar despercebido, pois há um ciclo de melhora e piora. O ideal é não ignorar este sinal.
Como são o diagnóstico e o tratamento
Conforme explicado no tópico anterior, os sintomas da Doença de Lyme se assemelham aos de outros problemas de saúde. Assim, ao notar qualquer alteração no comportamento de seu companheiro de quatro patas, leve-o ao veterinário.
Caso tenha notado a presença de carrapatos, pode ser interessante uma consulta antes mesmo dos primeiros sinais. Inclusive, esta dica é muito importante ao resgatar animais abandonados.
O diagnóstico é realizado por meio de um exame de sangue, para verificar a presença da bactéria. Depois será feita uma análise das articulações, com exames complementares.
Após esta análise, o veterinário conseguirá determinar o estágio da doença, se é crônica, aguda ou progressiva. A partir disso, dará início ao tratamento mais adequado para ajudar o animalzinho.
Anti-inflamatórios, analgésicos e antibióticos são os remédios mais comuns utilizados para tratar a Doença de Lyme. Porém, a depender do estágio, pode ser necessário tratar também os problemas de saúde adjacentes, como as lesões renais.
Prevenção ainda é a melhor opção
É difícil impedir o cão de ter contato com carrapatos, mesmo no caso de animais que saem apenas para as visitas ao veterinário. Por isso, o melhor é apostar na prevenção.
Cachorros que passeiam frequentemente podem usar coleiras antipulgas e carrapatos, mas também é recomendado oferecer o comprimido palatável (com duração de um mês) ou aplicar o spray/pipeta com produto. Desta forma, seu amigo estará sempre protegido.
Cães não são os únicos afetados
Os cachorros podem ser mais propensos a lidar com a Doença do carrapato, no entanto, não são os únicos afetados. Gatos, humanos e outros animais também podem ser contaminados.
No caso dos cães, existe um risco maior de contaminação, pois são animais que fazem bastantes passeios, brincam em meio ao mato e ficam perto dos seus donos. Por outro lado, gatos que vivem em casas teladas e não saem têm menos risco de terem a Doença de Lyme.