Criado nos Estados Unidos, o estilo vai na contramão da exuberância romântica do expressionismo abstrato
O minimalismo é um movimento que surgiu, a princípio, nas artes visuais. A tendência começou nos anos 1950 e está mais viva do que nunca.
Na verdade, ele está presente não só nas obras de arte, mas também na decoração e até em objetos de uso cotidiano, como as roupas minimalistas. Todas são expressões artísticas e tem base no expressionismo abstrato surgido nos Estados Unidos.
Se você tem interesse no assunto e gosta de artes, te convidamos a descobrir esse universo e tudo que ele representa. E o conceito, acredite, vai além da neutralidade e do básico, que muita gente acredita ser o minimalismo de verdade. Vamos nos aprofundar no assunto?
Como surgiu o minimalismo?
A origem do minimalismo é estadunidense, com Jackson Pollock e Willem de Kooning. Em Nova Iorque, entre os anos 1950 e 1960, um grupo de artistas passou a deixar de lados a exuberância e as imagens sobrecarregadas. No lugar disso, surgiram poucos elementos fundamentando as obras.
O foco era abusar de atributos visuais criados a partir de um número bem restrito de cores. Dessa forma, há uma valorização das formas geométricas simples, simétricas e até mesmo repetitivas. Assim, tudo que compõe a peça ganha muito mais percepção dentro daquele contexto.
Por outro lado, quem entende e analisa as obras do ponto de vista do conteúdo, é comum que a falta de emotividade e a subjetividade sejam percebidas, principalmente quando consideramos outros movimentos artísticos. Já em um caráter geométrico, o minimalismo é resultado da influência construtivista, ou seja, busca uma linguagem universal para a expressividade da arte.
Características do minimalismo
Agora que você já sabe de onde vem o minimalismo e os principais pontos que o diferenciam dos demais movimentos artísticos, é preciso ir além e identificar algumas características marcantes.
Primeiramente, é preciso entender que obras desse estilo tendem a ter um efeito estético que proporciona encurtar a distância entre corpo, mente e objeto. Dessa forma, não há ficção ali. Só o que é essencial é mantido. Outros pontos de destaque são:
- Formas geométricas simples;
- Ausência de emotividade ou metáfora;
- Não-influência da subjetividade na apreciação da obra;
- Uso de materiais de manuseio industrial;
- Obras seriadas;
- Cor, forma e superfície trabalhadas em unidade.
Principais nomes do minimalismo nas obras de arte
Embora tenha surgido nos Estados Unidos, o minimalismo tem representantes em diversos países. Entre os principais nomes, podemos citar:
- Donald Judd;
- Agnes Martin;
- Sol LeWitt;
- Ana Maria Tavares;
- Carlos Fajardo.
Minimalismo na decoração
Não diferente de outros movimentos artísticos, o minimalismo também teve (e ainda tem) sua representação no design. Ao contrário das artes, na decoração o foco é na funcionalidade.
O movimento ficou famoso no design nos anos 1980. Aqui, o foco era o despojamento, contrário do que era proposto até então, com o rebuscamento e riqueza de detalhes vindas de outros modelos de decoração da pós-modernidade.
Além disso, foi uma forma que os profissionais encontraram de quebrar o que era considerado formal no uso das cores neutras.
Minimalismo nas roupas
Além da decoração e até mesmo da música, o minimalismo também apareceu na moda. Aí, o conceito também carrega originalidade do movimento surgido nas artes, com adaptações e outros conceitos.
Na moda, o minimalismo é levado para outro patamar. Não é só uma questão de design, cores e quebra da neutralidade, mas uma ideia. Ele surge como um estilo de vida, pregando o consumo consciente com peças versáteis, atemporais e com qualidade, para serem usadas por muito mais tempo.
E você, é adepto do minimalismo em alguma dessas vertentes? Independentemente do fato de sua paixão ser esse estilo ou outro, vale lembrar que toda expressão artística tem um propósito, mas que ele pode se adaptar conforme a época e sua área. Legal, não é?